Os números para nossa região são muito ruins. Cornelio, Santa Mariana, Bandeirantes, Itambaracá, Santa Amélia, Abatiá, Pinhal, Nova Fátima, Leopolis, Sertaneja, Rancho Alegre, Uraí, Nova America, Santa Cecília, Amoreira, Assai perderam população. Várias cidades perderam em torno de 10% da população entre 2010 e 2022. Assai perdeu perto de 15%. Das mais próximas apenas Congonhinhas teve crescimento e ainda assim inferior a 1%. Cornélio perdeu 3,67% da população e continua a mais populosa da AMUNOP-AMUNORPI, com 45.206 habitantes, sem contar a população flutuante. Ao mesmo tempo o censo demonstrou crescimento grande na população de muitas cidades fora da nossa região. Houve uma revoada de paranaenses para municípios do entorno de Curitiba, Fazenda Rio Grande cresceu mais de 80% e Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu são bons exemplos. Cornélio que já teve taxa de natalidade acima de 4 nos anos 70 e 80 hoje tem taxa de natalidade por volta de 1,7. É o limite do limite pois a continuar caindo em breve teremos mais falecimentos do que nascimentos na cidade por conta do envelhecimento da população. Também foi constatado que o numero de moradores por unidade habitacional caiu muito. Isso por conta de jovens que procuram centros maiores à busca de empregos e muitas vezes famílias inteiras procuram outros horizontes. Para mudar o quadro apenas com ações governamentais de porte e os diversos governos do estado ao longo de décadas jamais priorizaram nossa região. Governadores são políticos e políticos priorizam ou se movem a partir de interesses eleitorais. Por isso investem nas cidades e regiões mais populosas. Londrina, Maringá e até Ponta Grossa e Cascavel sozinhas tem mais eleitores do que todas as cidades da Amunop-Amunorpi juntas. Mesmo ante governos que tratam nossa região com migalhas há o habito dos nossos eleitores de reelegerem essas figuras. Cornélio conseguiu a proeza de reeleger o atual governador com votação quase dobrada esquecendo que o curso de medicina tão comentado dorme na gaveta do atual governador há 06 anos. A região continua muito boa para o Agro mas não somos um fazendão cuja renda tem que ficar nas mãos de poucos. Há que se buscar alternativas para deter a queda e quem sabe buscar crescimento. Para isso recomenda-se que pecuaristas urbanos que não tem sequer um cabrito e agricultores urbanos que não sabem diferenciar um rabanete de uma abobora estejam bastante atentos nas eleições futuras e possam cobrar dos candidatos programas consistentes para geração de empregos e renda na nossa região. Que as eleições não sirvam apenas para interesse de grupos que muitas vezes correm com o balde d’agua na mao sem saber onde é o incêndio e almejam o poder pelo poder, sem compromissos maiores. Uma boa dica para escolher o futuro prefeito e os novos vereadores é perguntar-lhes o que pretendem fazer para evitar a paz de cemitério que se abateu sobre nossa região. O censo não foi bom. Veremos se isso motivará as lideranças políticas na busca de soluções.
