Desde que deixou a Presidência da República em 1º de janeiro, Jair Bolsonaro (PL) já gerou um custo superior a R$ 1 milhão para os cofres públicos. Em um período um pouco acima de seis meses, os gastos relacionados ao ex-presidente totalizaram R$ 1.159.255,73, o que equivale a uma média diária de R$ 6,3 mil. Esses dados foram divulgados pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (12) e estão disponíveis no portal da Secretaria-Geral da Presidência da República. Conforme estabelecido pela Lei n. 7.747/86, ex-presidentes têm direito a uma estrutura composta por até seis servidores para segurança pessoal, além de dois veículos oficiais com motoristas. No caso de Bolsonaro, os gastos entre 1º de janeiro e 4 de julho (última data consolidada) superaram os de todos os ex-presidentes do período democrático. Os salários dos assessores do ex-presidente totalizaram R$ 361.447,24 durante esses seis meses, resultando em uma média mensal de R$ 60,2 mil para os quatro servidores a que ele tem direito. "De 1º de janeiro a 4 de julho, o custo com todos os ex-presidentes foi de R$ 4.103.219,78 (cerca de R$ 683,8 mil por mês). Somente as despesas relacionadas a Bolsonaro representam 28% desse total, colocando-o muito à frente dos demais ex-presidentes que ocuparam o cargo", destaca a reportagem. Os principais gastos relacionados à estrutura fornecida a Bolsonaro ocorreram durante o período em que ele esteve nos Estados Unidos. Comparando com os outros ex-presidentes, Bolsonaro supera os valores gastos nos seis primeiros meses após deixarem a Chefia do Executivo Federal por Dilma Rousseff (R$ 862.428,31), Fernando Collor (R$ 737.167,90), Michel Temer (R$ 561.054,04), José Sarney (R$ 414.501,86) e Fernando Henrique Cardoso (R$ 368.801,94).