Durante sua participação no programa Bom Dia 247, o jornalista Florestan Fernandes Jr. comentou sobre a presença do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, na CPMI que investiga os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Segundo o analista, os militares podem estar se preparando para um golpe de Estado após terem sido derrotados em sua primeira tentativa.
Florestan destacou que a "ideia golpista" ainda está presente nos quartéis, e o fato de Cid ter comparecido à CPMI trajando uniforme militar ilustra essa situação. "Essa ideia golpista ainda permeia os quartéis. O uso do uniforme não é um simples detalhe. O uniforme é um símbolo, e os símbolos têm voz. A imagem de um militar fardado prestando depoimento em uma CPMI que investiga um golpe de Estado é a confirmação e o reconhecimento, pelo próprio Exército, de sua participação no plano golpista", afirmou Florestan.
Ele também comparou a situação atual com o que ele chamou de 'adiamento' de um golpe militar contra o ex-presidente Getúlio Vargas. "O golpe que foi tentado contra Getúlio Vargas teve que ser adiado, mas ressurgiu mais tarde, em 1964. Será que isso está acontecendo agora?", questionou o jornalista.