PL acredita que rejeição a Bolsonaro tem aumentado significativamente devido à condenação pelo TSE e às investigações policiais contra ele
Inelegível, Bolsonaro vê isolamento e rejeição aumentarem e relevância para 2024 cair
O alerta vermelho do PL começou a acender em relação às eleições municipais de 2024, especialmente quando se trata de Jair Bolsonaro. Com a aproximação do pleito, a legenda tem observado o aumento do isolamento político e da rejeição a ele, agora inelegível, ao mesmo tempo que lideranças experientes se afastam do bolsonarismo e buscam o centro político, destaca a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
Um dos movimentos que têm chamado a atenção no partido foi protagonizado pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca o apoio do PL e se posiciona como candidato da direita na disputa. Durante um almoço com empresários que contou com a presença de Bolsonaro, Nunes manteve uma distância calculada e declarou não ter proximidade com o capitão, destaca a reportagem. Ainda que afirmasse que seria ótimo receber o apoio de Bolsonaro, o prefeito tratou o encontro como um evento rotineiro, não algo premeditado.
Integrantes do PL revelam que o partido recebeu informações de que pesquisas contratadas por Nunes apontam que o apoio declarado de Bolsonaro poderia resultar em uma perda de votos.
A postura adotada pelo recém-filiado Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, também tem sido acompanhada de perto pelo PL. Queiroga tem explorado mais sua atuação como médico do que seu envolvimento político com Bolsonaro, buscando se afastar da imagem do antigo chefe.
Outro nome importante no cenário político que tem recebido atenção no partido é o senador e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira. Embora afirme ser contra a entrada do Progressistas (PP) em um ministério liderado por Lula, Nogueira deu aval para que líderes de seu partido negociem com o governo petista. Enquanto isso, o presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, não tem poupado críticas públicas a Bolsonaro, enquanto lideranças da sigla negociam uma possível aliança com o governo do PT.