O PP e o PSB emperraram o anúncio da reforma ministerial e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta chegar a um acordo para anunciar as alterações até quinta-feira (7). A expectativa é de que o petista se reúna com o vice-presidente Geraldo Alckmin, do PSB, e com o líder do PP na Câmara dos Deputados, André Fufuca (MA), para tentar uma solução. O PP ainda resiste a assumir o Esporte. Para atrair o partido, uma hipótese seria a criação da Secretaria Nacional de Prêmios e Apostas, que traria um incremento orçamentário de R$ 2 bilhões em 2024. Já o entrave com o PSB se refere ao destino do ministro Márcio França (PSB), hoje em Portos e Aeroportos. A pasta será entregue ao deputado federal Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE). Lula, no entanto, desistiu da criação do Ministério de Pequenas e Médias Empresas. E sinalizou que não deve retirar do Ministério de Ciência e Tecnologia a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos. Uma possibilidade seria transferir França para o Ministério de Indústria e Comércio, hoje comandado por Alckmin. O vice-presidente deixaria de ser ministro, mas assumiria o comando do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. Segundo assessores presidenciais, essa seria uma alternativa de médio prazo, já que o presidente avalia uma nova reforma ministerial no final do ano. Assim, Alckmin poderia ser deslocado para Comunicações ou Defesa. Segundo auxiliares presidenciais, Lula chegou a cogitar deslocar a ministra Ana Moser, do Esporte, para uma nova agência federal, mas ele teria desistido dessa possibilidade.