A CPI dos Atos Golpistas abriu sessão nesta quinta-feira (21) para ouvir Wellington Macedo de Souza, blogueiro bolsonarista radical condenado por envolvimento na armação de um explosivo no Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado. Wellington foi sentenciado a seis anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão. Ele estava foragido desde janeiro deste ano, e foi preso no dia 14 de setembro em Cidade do Leste, no Paraguai. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso atendeu um pedido da defesa do depoente e concedeu a ele o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo. Ou seja, Wellington poderá ficar em silêncio diante dos questionamentos dos parlamentares. O ministro Barroso também permitiu que: Ele não assine termo de compromisso na qualidade de testemunha; Ele tenha a assistência de um advogado; Não sejam adotadas quaisquer medidas restritivas de direitos ou privativas de liberdade; Bomba em Brasília Além de Wellington, outras duas pessoas foram condenadas pela armação da bomba em Brasília: George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, que também estão presos. O explosivo foi colocado em um caminhão de combustíveis, mas o motorista do veículo identificou a carga desconhecida antes que o material fosse detonado. A participação de Wellington Macedo foi descoberta porque o homem usava tornozeleira eletrônica à época – as informações do rastreamento permitiram identificar o caminho percorrido por ele no dia do crime. Câmeras de uma loja e do próprio caminhão onde a bomba foi plantada, divulgadas pelo Fantástico dia 15 de janeiro, mostram o momento em que o carro de Wellington se aproxima lentamente do veículo, para que o cúmplice Alan Diego dos Santos Rodrigues coloque a bomba.