O fim de semana viu uma escalada de tensões entre Israel e o Hamas, culminando em uma ofensiva militar sem precedentes do grupo palestino. A operação, denominada 'Tempestade Al-Aqsa', lançou mais de 2000 mísseis em direção a áreas próximas aos territórios palestinos, impactando significativamente as comunidades israelenses nas proximidades. A ação do Hamas demonstrou sua capacidade de combate, expondo vulnerabilidades no Exército e nos serviços de inteligência de Israel. A resposta israelense foi declarar um "estado de guerra", com ataques aéreos na densamente povoada Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas. Esses eventos são o resultado de anos de assassinatos, desmandos e humilhações em territórios ocupados por Israel, alimentando a resistência palestina. O cerne da escalada atual reside na falta de cumprimento dos acordos estabelecidos para a criação de um estado palestino soberano, com fronteiras definidas e viabilidade econômica. Os Acordos de Oslo, celebrados há 30 anos, foram violados, e Israel intensificou sua ocupação na Cisjordânia. A solução de 'dois Estados' é agora quase impraticável, com o contínuo estabelecimento de assentamentos, a negação das fronteiras de 1967 e a reivindicação de Jerusalém Oriental como capital israelense. As vítimas, mortas e feridas, são resultado da política do governo israelense, apoiado pelos EUA. É crucial reconhecer o direito de resistência do povo palestino, enquanto a comunidade internacional deve buscar uma solução política para deter o genocídio sionista. O conflito também coloca os EUA e as potências europeias em posição delicada, enquanto Israel busca apoio internacional. A esquerda no Brasil tem um papel importante em organizar um movimento de solidariedade aos palestinos contra o apartheid e a violência.