Nesta terça-feira (11), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento de ações relacionadas à campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Serão analisados três processos que investigam o suposto uso dos palácios do Planalto e da Alvorada para fins eleitorais. As ações em pauta alegam abuso de poder político. Duas delas foram apresentadas pelo PDT e envolvem o uso da estrutura da Presidência por Bolsonaro para realizar transmissões ao vivo nas quais pedia votos. Essas 'lives' eram gravadas no Planalto ou no Alvorada e contavam com a participação de funcionários do governo atuando como tradutores de libras. Em 2022, durante o período eleitoral, o TSE determinou que Bolsonaro não poderia mais fazer transmissões com teor eleitoral em prédios da Presidência. O PDT alega que Bolsonaro transformou as transmissões, originalmente destinadas à divulgação de atos de governo, em eventos com 'propósitos eleitorais', prejudicando a normalidade e legitimidade do processo eleitoral. É importante notar que Bolsonaro já está inelegível até 2030, mas, por lei, as condenações desse tipo não são cumulativas. Portanto, em caso de nova decretação de inelegibilidade, o ex-presidente permanecerá afastado das urnas pelo mesmo período já estabelecido: oito anos. Paralelamente aos julgamentos, Bolsonaro se reúne com líderes do PL em Brasília, discutindo estratégias em resposta às ações judiciais. A reunião semanal do PL acontece sem a presença do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, devido a uma viagem ao exterior. Todas as decisões serão posteriormente comunicadas a ele.