Durante a recente sessão na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Renato Freitas (PT) foi vítima de um lamentável ataque racista. Uma mulher na galeria dirigiu a ele a ofensa: “tire o piolho do seu cabelo”. Além disso, um grupo autodenominado evangélico, presente na sessão, interrompeu o deputado com vaias e exclamações.
A sessão foi também marcada por um confronto entre Freitas e o presidente da Assembleia, Ademar Trajano (PSD). Durante sua fala, Freitas foi repetidamente interrompido, o que levou a um embate sobre a contagem do tempo de discurso. Apesar das reivindicações de Freitas para recuperação do tempo perdido, Trajano negou, justificando que o tempo havia sido "congelado", mesmo com o cronômetro avançando.
A tensão aumentou quando, após Freitas criticar alguns na tribuna como "hipócritas religiosos", Trajano cortou o microfone do deputado, alegando que não existiam hipócritas naquela sessão. Freitas, tentando contornar a situação, recorreu a outro microfone e defendeu-se, alegando que Trajano "não é rei" e merecia respeito. Em resposta, o microfone foi desligado novamente.
Em um momento de revolta, Freitas acusou Trajano de corrupção e exigiu respeito, o que levou Trajano a pedir uma investigação da Comissão de Ética contra Freitas.
Vale ressaltar que os presentes na sessão eram membros da Igreja Evangélica 'O Alvo', que manifestavam oposição à legalização do aborto. Freitas destacou a hostilidade que sofreu desse grupo e também denunciou o comportamento autoritário de Trajano, que está há mais de três décadas na posição de deputado.