Na última quinta-feira (12/10), durante o feriado em honra a Nossa Senhora Aparecida, grupos e movimentos de esquerda reuniram-se no bairro Cabana, Região Oeste de Belo Horizonte, em uma manifestação simbólica intitulada "Varrendo o Satanás para fora do Cabana". A iniciativa foi uma resposta à recente visita de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, que compareceu a um culto na Comunidade Evangélica Graça e Paz.
O comunicado oficial do evento manifestava a intenção de "limpar as ruas" após a passagem de Bolsonaro, utilizando uma terminologia que já tinha sido empregada anteriormente por grupos opositores em faixas e cartazes pela capital mineira.
Rogério Correia (PT), deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte, esteve presente no evento, caracterizando-o como festivo e sem maiores incidentes. Durante sua participação, Correia também aproveitou para discutir assuntos relevantes, incluindo o avanço das investigações sobre possíveis atos golpistas relacionados a Bolsonaro.
A manifestação foi marcada por música e representação dos diversos coletivos presentes. Durante o evento, faixas e gritos expressavam críticas ao ex-presidente e seu governo.
Importante ressaltar que, na sexta-feira anterior, a visita de Bolsonaro ao local gerou tensões. Opositores se reuniram na entrada da Comunidade Evangélica para protestar, o que resultou em confrontos verbais e físicos com os apoiadores de Bolsonaro presentes no local. Em meio ao tumulto, a Polícia Militar foi acionada para manter a ordem.
Outro aspecto notável tem sido a atuação do Coletivo Alvorada, grupo fundado em 2016 em Belo Horizonte. Este coletivo tem sido responsável por várias faixas com mensagens críticas ao ex-presidente instaladas em pontos estratégicos da cidade, referindo-se a controvérsias envolvendo Bolsonaro. Pedro Martins, representante do grupo, enfatiza que suas ações são financiadas pela militância e se pautam na "defesa da democracia".
Os eventos recentes em Belo Horizonte ilustram as crescentes polarizações políticas no país, exigindo diálogos construtivos e posturas responsáveis de todas as partes envolvidas.