O Brasil apresentou uma proposta ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), visando estabelecer um cessar-fogo humanitário em Gaza e a consequente libertação dos reféns israelenses. A votação para tal proposta está prevista para segunda-feira (16), às 18h, horário de Nova York. Este evento é visto por analistas internacionais como uma avaliação crítica das posturas das principais potências mundiais.
Os últimos sete anos marcaram um período em que nenhuma resolução relativa ao conflito israelense-palestino foi aceita pelo Conselho de Segurança da ONU. Contudo, após produtivas negociações, a diplomacia brasileira encontra-se esperançosa quanto à aceitação de sua proposta, principalmente por sua natureza equilibrada, visando evitar vetos dos membros permanentes.
Durante a mencionada reunião, o Conselho analisará dois textos principais. O primeiro, oriundo da Rússia, propõe um corredor humanitário, contudo, sem referências claras ao Hamas, o que pode gerar resistências por parte de nações como os Estados Unidos e países europeus.
A proposta brasileira apresenta uma postura diferenciada, condenando explicitamente os “ataques do Hamas” e requisitando a libertação dos reféns israelenses. Esse posicionamento revela um esforço meticuloso do Brasil em alinhar-se com as expectativas dos EUA.
O documento brasileiro também insta o governo israelense, sob liderança de Benjamin Netanyahu, a reconsiderar o ultimato de evacuação dos palestinos no norte da Faixa de Gaza. Em sua essência, a proposta visa implementar um “cessar-fogo humanitário” e assegurar que agências da ONU consigam acessar as populações mais atingidas pelo conflito.
Os pontos salientes da proposta incluem:
- Condenação de violência contra civis e repúdio ao terrorismo
- Denúncia aos ataques do Hamas e à tomada de reféns
- Reivindicação pela libertação imediata de reféns, em conformidade com o direito internacional
- Pedido pelo fim de ações que privem civis de necessidades básicas
- Solicitação de revogação da ordem de evacuação em Gaza
- Apelo por um cessar-fogo que facilite o acesso das agências da ONU
- Ênfase na proteção de instalações da ONU
O Brasil, prestes a presidir o Conselho de Segurança, vê nessa ação uma oportunidade de destacar-se nas discussões referentes ao conflito no Oriente Médio.