Após escaparem da guerra na Faixa de Gaza, Hasan Rabee e outros 31 brasileiros encontraram refúgio no Brasil, mas agora enfrentam uma nova ameaça: a xenofobia. Rabee, destacado por documentar a vida em Gaza, busca oficialmente proteção do estado brasileiro devido a hostilidades. Em entrevista ao Uol, Rabee expressou a angústia de sair da violência física da guerra apenas para confrontar xenofobia e ameaças no Brasil. Seu desejo inicial ao deixar Gaza era trazer sua família para o Brasil, e agora, ele e sua família enfrentam não apenas ameaças nas redes sociais, mas também campanhas de ódio e difamação. A especialista em direito público e defensora dos direitos humanos, Talitha Camargo da Fonseca, lidera a solicitação oficial de proteção por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Além da proteção física, foi solicitado apoio psicológico para Rabee e sua família. Consciente das ameaças, o governo brasileiro condenou manifestações de ódio, incluindo antissemitismo e islamofobia. Rabee enfrentou ressurgimento de postagens antigas sugerindo violência em Israel, alegando não se lembrar delas e destacando sua preferência pelo diálogo. Antes do resgate, o governo anunciou a preparação de um lar para os repatriados. Metade possui familiares com residências no Brasil, a outra metade não. A localização não foi revelada para garantir privacidade e segurança, conforme Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça. Destacando o suporte, Botelho mencionou a presença de profissionais de saúde, equipes da Polícia Federal e representantes de agências da ONU. A situação evidencia a complexidade do cenário, exigindo uma abordagem holística para garantir a segurança e bem-estar dos repatriados.