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Mais de 4 mil vidas perdidas - A triste realidade do feminicídio em 2022

Pesquisa abrange 26 nações na América Latina e Caribe: Mais de 70% com idades entre 15 e 44 anos

Mais de 4 mil vidas perdidas - A triste realidade do feminicídio em 2022

Ao longo de 2022, pelo menos 4.050 mulheres na América Latina e Caribe tornaram-se vítimas de feminicídio, revelando uma triste realidade reportada pelo Observatório de Igualdade de Gênero, vinculado à Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).


Os números dramáticos apontam que, a cada duas horas, uma mulher perdia a vida na região devido à violência de gênero. Dos 19 países e territórios que divulgaram dados sobre feminicídio em 2022, as taxas mais alarmantes foram registradas em Honduras (6,0 por 100.000 mulheres), República Dominicana (2,9), El Salvador e Uruguai (1,6).


Contrastando, as taxas mais baixas, abaixo de 1 vítima por 100.000 mulheres, foram observadas em Porto Rico e Peru (0,9), Colômbia (0,8), Costa Rica (0,7), Nicarágua (0,5), Chile (0,4) e Cuba (0,3).


No Caribe, 46 mulheres foram vítimas de violência letal de gênero, com Trinidad e Tobago registrando 43 dos 46 casos.


Tragicamente, mais de 70% das vítimas de feminicídio em 2022 tinham entre 15 e 44 anos. Este fenômeno não poupou as extremidades etárias, com 4% das vítimas abaixo de 15 anos e 8% com 60 anos ou mais, conforme dados de oito países latino-americanos.


A Cepal define o feminicídio como a expressão mais extrema da desigualdade, discriminação e diversas formas de violência contra mulheres e meninas. Pesquisas nacionais especializadas em 10 países revelam que entre 42% e 79% das mulheres foram vítimas de violência de gênero em várias áreas de suas vidas.


Chocantemente, em média, uma em cada três mulheres foi ou é vítima de violência física e/ou sexual perpetrada por parceiros passados ou presentes, elevando o risco de violência letal, conforme a Organização Mundial de Saúde. Este indicativo abrange 88 milhões de mulheres com mais de 15 anos na América Latina e no Caribe.


Simultaneamente, casamentos e uniões infantis precoces e forçados persistem como uma prática prejudicial e manifestação comum de violência de gênero, afetando uma em cada cinco meninas na região.


Este panorama revela uma urgência de ações para combater a violência de gênero.



 

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