A Procuradoria-Geral da República (PGR) aguarda formalmente uma prova da empresa Meta, proprietária do Facebook, para dar seguimento à denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por incitação ao crime durante os ataques ocorridos em 8 de janeiro, de acordo com informações da Folha de S. Paulo. Embora o órgão já identifique indícios suficientes para a acusação, busca utilizar um vídeo, alegadamente não mais disponível, fornecido pela Meta. Este vídeo, produzido por terceiros e compartilhado por Bolsonaro em seu perfil dois dias após os eventos, questionava a integridade das urnas eletrônicas. O ex-presidente apagou o conteúdo pouco tempo depois. O crime em questão, incitação, está tipificado no artigo 286 do Código Penal, com pena de detenção de 3 a 6 meses. Na segunda-feira (4), a PGR reiterou o pedido de acesso ao material em uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando ainda um prazo de 48 horas para o cumprimento da obrigação, estipulado anteriormente pelo relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes. Até o momento, a Meta não emitiu posicionamento sobre o assunto.