Delação Premiada Envolvendo a Alep: Liminar é Derrubada e Revelações Vêm à Tona Na quarta-feira (6), o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, Rosaldo Elias Pacagnan, derrubou a liminar que proibia a RPC, o portal G1 e o jornal Plural de publicarem reportagens sobre a delação premiada do empresário Vicente Malucelli, que envolve a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Após a queda da liminar, a delação tornou-se pública, confirmando um acordo de não persecução penal (ANPP) entre o Ministério Público (MP-PR), o presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), e o ex-deputado Plauto Miró (União Brasil). Conforme os termos do acordo, Traiano e Miró confessaram ter recebido propina durante o processo de renovação do contrato da TV Icaraí, empresa do grupo J. Malucelli responsável pelas transmissões da TV Assembleia. As gravações das conversas, feitas pelo empresário que efetuou o pagamento, foram submetidas a perícia, que não identificou adulterações. Ao confessarem, ambos evitaram processos judiciais, comprometendo-se a pagar uma reparação de R$ 187 mil cada. Incialmente, Traiano e Plauto negaram o pedido de propina durante as investigações. Com a perspectiva de evitar processos, ambos retrataram-se e admitiram ter recebido vantagem indevida. Vicente Malucelli, Ademar Traiano, Alep e MP-PR optaram por não comentar sobre a delação e o acordo, alegando que o processo está sob sigilo judicial.