Desdobramentos Políticos no Paraná: Delação Premiada e Conflito Ético na Assembleia Legislativa Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Renato Freitas (PT) fez uma grave acusação contra o presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), afirmando que este teria confessado corrupção. A alegação de Freitas ocorreu dois dias após a Justiça proibir a Rede Globo e a RPC de noticiarem a delação premiada do empresário Vicente Malucelli. Segundo Malucelli, a propina foi paga para manter um contrato de produção de conteúdo para a TV Assembleia. O desembargador Rosaldo Elias Pacagnan derrubou a liminar que impedia a divulgação, permitindo que o portal G1 publicasse a notícia. Nesse contexto, o deputado Fábio Oliveira (Podemos) destacou a relevância do caso, afirmando que informações cruciais foram ocultadas dos paranaenses, impactando não apenas a dinâmica da Alep, mas também a honra dos 54 deputados estaduais. Traiano e o ex-deputado Plauto Miró admitiram o recebimento da propina ao Ministério Público do Paraná, assinando um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) em dezembro de 2022. O acordo estabelece que ambos devem devolver R$ 187 mil cada, evitando processos criminais. O episódio resultou em uma acalorada discussão entre Freitas e Traiano durante a sessão plenária, culminando em uma representação por quebra de decoro apresentada por Traiano no Conselho de Ética. Freitas, por sua vez, fundamentou sua defesa no anexo do processo que contém a delação de Malucelli, homologada pelo Tribunal de Justiça do Paraná. O relator do processo, Matheus Vermelho (PP), propôs uma advertência por escrito, considerando a "preservação da soberania popular das urnas". Contudo, o acordo de confissão de propina por Traiano, firmado com o Ministério Público, não foi considerado pelo relator.