Polícia Federal conclui investigação sobre fake news e milícias digitais envolvendo Bolsonaro A Polícia Federal (PF) encontra-se nas fases finais das investigações relacionadas às fake news e milícias digitais envolvendo os núcleos político e econômico do bolsonarismo. Com a crença de que há elementos suficientes para indiciar Jair Bolsonaro, a expectativa é que isso ocorra no início do próximo ano, conforme apontado pela coluna do jornalista Aguirre Talento, do UOL. Contudo, a definição dos crimes específicos será postergada até a conclusão de todas as linhas de investigação relacionadas ao ex-presidente. O indiciamento previsto para o início do próximo ano marcará uma fase crucial, visto que o caso será encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para análise sobre a possível apresentação de denúncia contra Bolsonaro e seus aliados. A transição de Augusto Aras do comando da PGR é vista como um ponto-chave, pois a expectativa é que Gonet dê continuidade às investigações e apresente denúncias após receber os materiais produzidos pela PF. A PF enfatiza a interligação dos fatos sob investigação relacionados a Bolsonaro, fundamentando a conclusão conjunta das investigações. As diversas frentes de apuração abrangem desde desvio de joias para venda no exterior até fraudes nos certificados de vacina. A conexão entre esses delitos e a organização criminosa, que visa atacar as instituições democráticas, é identificada pelos investigadores. A PF destaca ainda que as milícias digitais contribuíram para obtenção de vantagens indevidas pelo grupo do ex-presidente junto ao Estado brasileiro. Enquanto os investigadores finalizam a análise de materiais apreendidos, como telefones celulares, também estão apurando as revelações feitas na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Cid expôs a atuação de Bolsonaro em um plano golpista contra o resultado das eleições do ano passado, revelando detalhes que complementam as investigações em curso. É importante mencionar que tanto Bolsonaro quanto sua defesa negam categoricamente qualquer participação em iniciativas golpistas ou outros crimes, mantendo sua posição de inocência diante das alegações.
