O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está considerando uma estratégia para fortalecer seu relacionamento com os evangélicos, eleitorado que se tornou leal a Jair Bolsonaro. Assessores sugerem um diálogo mais próximo, buscando superar a resistência identificada em pesquisas internas do Palácio do Planalto, onde os evangélicos apresentam alta rejeição a Lula, sua gestão e ao governo. Embora inicialmente relutante, Lula parece inclinado a atender a essas preocupações, possivelmente revertendo a rejeição. A estratégia proposta envolve encontros pessoais com líderes religiosos de grandes denominações e a participação em programas e podcasts conduzidos por influenciadores evangélicos, conforme reportagem do Valor. Entretanto, há uma percepção no Planalto de que Lula hesita em seguir esses passos, possivelmente confiando na melhoria das condições econômicas como fator-chave para conquistar a aprovação dos evangélicos. O presidente demonstra aversão a "usar a religião" quando questionado, de acordo com relatos. A movimentação de Lula reflete a importância estratégica atribuída ao eleitorado evangélico, indicando um esforço para estabelecer um diálogo mais próximo e superar as barreiras identificadas nas pesquisas. O desdobramento dessa estratégia será acompanhado atentamente, especialmente em meio ao cenário político das eleições municipais de outubro deste ano.
