Em dezembro passado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, assegurou que o desfecho do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco seria alcançado em breve. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, compartilhou em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira (9) que a investigação sobre o homicídio de Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes será finalizada ainda no primeiro trimestre deste ano. Na entrevista, Rodrigues destacou o comprometimento da PF nesse desafio, assumido no ano anterior. Apesar do tempo relativamente curto à frente dessa investigação de um crime ocorrido há cinco anos, a Polícia Federal expressa confiança em fornecer uma resposta conclusiva sobre o Caso Marielle até o final do primeiro trimestre. Essa afirmação sucede a declaração proferida pelo ministro Flávio Dino menos de um mês atrás, quando afirmou que o caso Marielle seria "integralmente resolvido" em breve. Marielle Franco, eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo Psol em 2016, foi tragicamente assassinada junto com o motorista Anderson Gomes em 2018, quando o veículo em que estavam foi emboscado no bairro do Estácio. Em outubro do ano passado, o inquérito que investiga o assassinato foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Essa mudança foi motivada pela citação do nome de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, detido sob suspeita de envolvimento no crime. Em 2019, a então procuradora-geral da República Raquel Dodge já havia solicitado ao STJ a apuração de indícios de autoria intelectual de Domingos Brazão no homicídio de Marielle. Apesar das tentativas de federalizar as investigações, o caso permaneceu na esfera estadual. Entretanto, um acordo recente determinou que cabe ao Ministério Público do Rio de Janeiro e à PF descobrir os mandantes do duplo homicídio.
