TV Quarto Poder

Desvendando a linguagem: uma profunda análise semiótica do discurso racial e social nas palavras utilizadas.

Desvendando a linguagem: uma profunda análise semiótica do discurso racial e social nas palavras utilizadas.

O debate sobre o letramento racial e favelado emerge como um pilar essencial para entender as complexas dinâmicas linguísticas e sociais em contextos marginalizados. Neste artigo, adotamos uma abordagem semiótica para examinar a crucial não utilização de palavras racistas e pejorativas em comunidades faveladas, destacando sua influência simbólica e semântica no imaginário social.


Carolina Maria de Jesus, habitante das favelas de São Paulo e autora de "Quarto de Despejo", enfatiza a linguagem como uma poderosa arma que reflete e perpetua hierarquias sociais. Suas palavras ressoam: "Se estou escrevendo é para as pessoas pensarem na desgraça dos pobres". Isso incita a reflexão sobre o papel da linguagem na construção e desconstrução de narrativas marginalizadas.


Djamila Ribeiro, em suas obras sobre racismo e feminismo negro, destaca a importância de reconhecer e desafiar estruturas linguísticas que perpetuam a opressão. Sua afirmação, "É fundamental estar atento à linguagem para não naturalizar o racismo no nosso cotidiano", ecoa a necessidade de desconstruir discursos discriminatórios enraizados na sociedade. Renata Souza, ao discutir a representação das favelas no discurso político, sublinha: "A linguagem carrega em si um poder imenso de perpetuar estigmas ou de subverter discursos hegemônicos". A análise crítica da linguagem emerge como ponto-chave para compreender e desafiar estereótipos sobre as comunidades faveladas.


Grada Kilomba oferece uma perspectiva profunda sobre memória, trauma e linguagem. Para Kilomba, "A linguagem é o lugar onde a memória e o poder se encontram", destacando o poder simbólico das palavras na construção e desconstrução de narrativas coloniais e racistas.


Por meio da análise semiótica, este artigo desvela os significados subjacentes das palavras racistas e pejorativas nos discursos sobre as comunidades faveladas. Propomos estratégias de intervenção embasadas nessas reflexões, visando promover um letramento consciente e responsável, além de incentivar a não utilização desses termos.


O estudo do letramento racial/favelado, sob uma análise semântica e simbólica, emerge como ferramenta essencial para desconstruir estereótipos e construir discursos mais inclusivos. As reflexões de Carolina Maria de Jesus, Djamila Ribeiro, Renata Souza e Grada Kilomba oferecem bases teóricas fundamentais para repensar a linguagem e suas implicações nas comunidades marginalizadas. O desafio atual consiste em transformar essas reflexões em práticas que promovam um discurso mais consciente, sensível e emancipatório nas favelas e além delas.



 

Envie seu comentário

Publicidades »


Saúde »

Horários de Atendimento em Postos de Saúde e Médicos Disponíveis em Cornélio Procópio - PR

Parceiros »

  • Marina Importados
  • ANDRÉ CAR
  • TROMBINI CAR
  • MARIUNS
  • PAULO EDUARDO
  • PANIFICADORA E CONFEITARIA BIG PÃO.
  • CLEUZA NOIVAS
  • LANCHONETE PARADA OBRIGATÓRIA
  • SANDRA CONFECÇÕES
  • ENCADERNADORA PROCOPENSE
  • PASTELARIA E SALGADARIA BOM PALADAR
  • MECANICA CARDOSO
  • FESTA FÁCIL
  • SOLAR
  • RICARDO LANCHES


Copyright © 2013 Luiz Carlos Amâncio - Direitos Reservados - Desenvolvimento AbusarWEB