O embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben, fez declarações contundentes sobre a situação na Faixa de Gaza, comparando-a ao Holocausto e ressaltando a gravidade do conflito na região. Segundo Alzeben, a situação em Gaza é tão dramática que não pode ser comparada a nenhuma outra guerra no mundo, sendo algo único e singular no século 21. Ele enfatizou que não está minimizando a dor do Holocausto, mas que o caso em Gaza é mais do que um genocídio, é algo sui generis. Alzeben também destacou que a Palestina não é contra a comunidade judaica, mas sim contra a ocupação israelense em seu território, defendendo o direito do povo palestino de viver em paz em sua própria terra. O embaixador relatou que cerca de 30.000 pessoas na região já foram mortas, 70.000 ficaram feridas e 600 mil crianças estão em situação de fome. Ele também mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou os ataques de Israel aos palestinos com as ações de Hitler, defendendo a criação de um Estado palestino na ONU. Alzeben ressaltou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado da Palestina e que Israel rejeitou as críticas de Lula para manter a guerra em curso. O conflito na região se intensificou após um ataque do grupo Hamas a Israel, desencadeando operações de retaliação por parte do governo israelense. Gaza tem enfrentado escassez de alimentos, água, energia e combustível devido ao cerco imposto por Israel. Apesar de ser o maior conflito armado na região em anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus é uma questão que se arrasta há décadas, com ambos os grupos reivindicando o território por motivos históricos e religiosos. O Hamas, principal grupo islâmico na Palestina, luta pela soberania de Gaza e não reconhece Israel como país, contribuindo para a tensão na região