No desenrolar da investigação sobre a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em novembro de 2022, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, formalizou uma denúncia contra a deputada federal Carla Zambeli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto. Segundo apurado pela reportagem de Julia Duailibi, do g1, Zambeli é acusada de ter orquestrado a invasão. Os dois foram denunciados por uma série de crimes, entre eles sete relacionados à invasão de dispositivo informático, conforme estipulado no artigo 154-A e parágrafo 2º do Código Penal, além de três delitos de falsidade ideológica, conforme disposto no artigo 299 do mesmo código, pela inserção de documentos ideologicamente falsos no sistema informático. No episódio, Delgatti inseriu, em 4 de janeiro de 2023, documentos falsos no sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com suposta assinatura do próprio magistrado. Segundo declarações do hacker, Zambeli teria redigido o falso mandado, contudo, a deputada nega as acusações. Também foi adicionado ao sistema um mandado falso de quebra de sigilo das contas bancárias do ministro.