A consultoria Kearney divulgou seu relatório anual sobre os destinos mais atrativos para investimentos em 2024, e o Brasil se destaca. De acordo com o levantamento, o país alcançou a 19ª posição, uma melhoria significativa desde 2017. Durante os governos do presidente Lula, entre 2000 e 2010, o Brasil chegou a ocupar o terceiro lugar nesse ranking. No cenário dos países emergentes, o Brasil avançou duas posições em comparação com 2023, alcançando o quinto lugar, ficando atrás apenas da China, dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita e da Índia, mas à frente do México. Segundo Mark Essle, sócio da Kearney no Brasil, a retomada do país no radar dos investidores se deve à sua estabilidade gradual após diversas crises. O contexto de fragmentação do comércio mundial e o interesse crescente de grandes investidores institucionais também contribuem para essa reaproximação. O índice Investimento Estrangeiro Direto (IED), desenvolvido pela consultoria, identifica os mercados mais atrativos para os próximos três anos. Baseado em entrevistas com executivos de empresas de 30 países, com receita anual superior a US$ 500 milhões, o índice revela que 88% deles estão propensos a investir em 2024. Essle destaca ainda o potencial ecológico do Brasil, com sua matriz energética mais limpa em comparação com outros grandes países. Com a União Europeia implementando uma taxa sobre a pegada de carbono dos produtos, produtos com baixa emissão de carbono tendem a ser mais competitivos, o que favorece o Brasil. Além disso, o Brasil tem oportunidades para agregar valor aos seus produtos, como transformar minério de ferro em aço verde. Essas perspectivas refletem um horizonte positivo para os investimentos no país. O relatório da Kearney ressalta a importância do Brasil como um destino promissor para investimentos, destacando suas vantagens competitivas e seu potencial para atrair recursos externos.
